Porque Renegociar as Dívidas com Bancos ainda é a melhor alternativa?

Quem vive essa situação sabe como o stress é grandioso.

Ver o endividamento aumentar juntamente com o custo financeiro da dívida nos Resultados da empresa, é de tirar a tranquilidade de qualquer empresário, até mesmo porque o relacionamento com os bancos se já não caminha como era antes, e isso com certeza será um fator complicador.

Decisões precisam ser tomadas, pois carregar por mais tempo a dívida, pode comprometer o futuro empresarial, seja por ter que se desfazer de patrimônios, por opção própria ou por caminhos judiciais.

E qual a melhor alternativa?

O relato a seguir, digo com muita convicção, pois vivi situação semelhante anos atrás quando tive também que definir em uma das empresas na qual era executivo.

Entre as alternativas após um período estudando as melhores e mais eficientes soluções para a empresa, chegamos a 3 caminhos:

  • Falência:- esse seria o mais doloroso e danoso a empresa (sócios), pois seria o fim, além é claro de partilhar todo o patrimônio da empresa e algumas vezes ate dos sócios para liquidar um Passivo alto que carregávamos.
  • Recuperação Judicial:- era uma alternativa, entretanto o Departamento Jurídico que nos dava o devido suporte, alertava-nos para o alto custo do processo, desgaste emocional, e também o longo tempo para o desenrolar do processo, com aceitação ou não de credores.
  • Renegociação Administrativa das Dívidas:- poderia ser a saída, entretanto, já havíamos buscado essa alternativa (Gerencia Financeira e Diretoria da empresa), porém, sem êxito; Era a ultima cartada, e nos foi apresentado profissionais especializados nessa linha de trabalho. Foi um SUCESSO.

Ao final da selecionamos a Renegociação Administrativa das Dívidas junto aos Bancos, basicamente pelas seguintes razões:

  • A empresa continuaria com suas atividades
  • Seria um processo com menos transtornos (stress) que os demais
  • Com um custo muito inferior ao processo judicializado
  • E deixaria claro aos credores (Bancos) que o momento que atravessávamos, era pontual e que ninguém perderia, os ajustes seriam feitos para que todos ao final recebessem a totalidade de seus créditos.

Os trabalhos foram conduzidos de forma profissionalizada, reuniões com os Bancos, apresentando a situação momentânea da empresa e o compromisso de seus proprietários em liquidar todo o Passivo Bancário, porém, é logico após equalizarmos a dívida a capacidade de pagamento da empresa, pois tínhamos que manter a empresa operando, essa alternativa era vital para todos (credores e devedores).

Ao final de alguns meses, a realidade do Endividamento era outro, totalmente renegociado, com prazos alongados, juros ajustados ao mercado, não mais aquelas taxas altíssimas de empresas com endividamento alto (alto risco), além das garantias terem sido baixadas, para que a empresa pudesse conduzir o processo; quando retomamos os pagamentos após o processo de renegociação, as parcelas renegociadas representavam menos de 40% das últimas que pagamos.

Diante do exposto, entendo que a Negociação Administrativa, é sem dúvidas a melhor alternativa, entretanto, a jurídica fica ainda como o último caminho.

Fonte: Contábeis